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terça-feira, 15 de novembro de 2011

«No Moinho»... Carta

Depois de termos lido o conto «No moinho» de Eça de Queirós, os alunos de 9ªC escreveram algumas cartas inspiradas também no título "Lettres de mon moulin" de Alphonse Daudet e no quadro "O Moinho" de Corot.

Eis um exemplo:

Cortes do Meio , 31 outubro 2011


Estimada mãe:

Escrevo-te do Moinho, onde tenho passado os meus dias. Conheci um rapaz, o homem dos meus olhos. É alto, tem boas posses e acima de tudo, dá-me segurança. Já são pesadas as saudades que trago comigo e que vão aumentando de dia para dia.

O meu dia é passado à beira rio, onde tenho pensado muito sobre o que vou fazer da minha vida. O rapaz de que te falei chama-se Marco, já conheci a família dele. Tudo boa gente e rica. Não sei se vai agradar ao pai, mas gostei mesmo dele e, recentemente, pediu-me em casamento. Ainda não aceitei e é essa mesma a razão pela qual te escrevo. És só tu que me compreendes e me aconselhas da melhor maneira, mesmo desde pequena. Sei que ainda não o conheces, mas ele é tudo o que eu desejava há muito tempo. Não me quero precipitar, nem fazer algo de que me possa vir a arrepender.

Minha mãe, aqui te escrevo, junto a este rio que parece ter uma corrente sem fim, junto a uma ponte de pedra que liga dois mundos diferentes. Tenho saudades tuas, do pai, da mana. As brincadeiras, os jantares, as chegadas a casa, ao fim da tarde…Sinto saudades disso tudo. Por vezes, arrependo-me de ter partido para este mundo sem fim…

Vou ficar à espera de uma resposta tua, ou até mesmo da mana ou do pai. Quero ver a reação dele ao saber que estou noiva. Só espero que compreenda que já não sou uma criança e que quero fazer da minha vida, uma vida melhor, construir família, arranjar emprego e ter uma vida saudável.

Com muita saudade,

Um grande beijo da tua filha,

Amália (Lina Esteves, 9ºC)